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Nota sobre a greve à população carioca e à imprensa

Nós, técnicos de enfermagem e agentes comunitários de saúde da Prefeitura do Rio, por meio de nossos sindicatos – únicos e legítimos representantes dos trabalhadores da Saúde – gostaríamos de prestar alguns esclarecimentos.   Gostaríamos muito de estar trabalhando normalmente nos Hospitais, Clínicas da Família, Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e Coordenações Regionais de Emergência (CERs), atendendo à população do Rio com 100% de pessoal e exercendo a profissão que tanto amamos. Porém, desde outubro, o prefeito Marcelo Crivella não paga nossos salários, auxílio-alimentação e sequer o vale-transporte para que possamos chegar ao local de trabalho. Como nos recusamos a trabalhar mediante tanta humilhação e discriminação, estamos em greve.   Não faltam apenas salários e benefícios. Hoje, sete unidades de grande porte funcionam sem medicamentos, equipamentos ou insumos básicos para prestar atendimento digno à população. São eles a Maternidade Maria Amélia, o Hospital da Mulher Mariska Ribeiro e os hospitais municipais Albert Schweitzer, Evandro Freire, Pedro II, Rocha Faria e Ronaldo Gazolla. Os técnicos de enfermagem e outros profissionais da Saúde também estão sobrecarregados nas UPAs e CERs da Barra da Tijuca, Campo Grande, Centro, Leblon e Santa Cruz.   Por falta de condições mínimas de trabalho, todos os meses deixam de ser realizados  100.835 atendimentos de técnicos de enfermagem, 224.249 atendimentos de agentes comunitários, 95.835 atendimentos de cirurgiões-dentistas, 192.758 atendimentos médicos e 157.333 atendimentos de enfermeiros, perda irreparável para a Saúde carioca.   A escassez de material para a realização de cirurgias, a falta de segurança nas CERs e a necessidade de melhor estrutura física para receber e atender os pacientes têm gerado dezenas de pedidos de demissão dos nossos colegas.   Durante esse ano os salários atrasaram todos os meses e desde outubro estamos a míngua, com parte da categoria passando fome e sem condições de honrar  compromissos básicos como o aluguel e a contas de luz.   Apesar de todas as dificuldades, reafirmamos nosso compromisso com o SUS e com a Saúde pública, pois temos a esperança que tudo se resolverá. Contudo, hoje não nos resta alternativa senão permanecer em greve até que nossos salários sejam pagos integralmente. Com respeito e transparência, contamos com a compreensão e apoio dos cidadãos cariocas.   Mírian Lopes, presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Município do Rio de Janeiro (SATEMRJ)   Ronaldo da Silva Moreira, presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúwde do Município do Rio de Janeiro  

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