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Incêndio atinge Hospital Federal de Bonsucesso

*Atualizado às 17h
 
Uma mulher de 42 anos, que estava em estado gravíssimo, é a primeira vítima do incêndio que atingiu, na manhã desta terça-feira (27/10), parte do Hospital Federal de Bonsucesso, na zona Norte do Rio, uma das unidades de referência para atendimento dos pacientes com Covid-19 no estado. Segundo o secretário de Defesa Civil, Leandro Monteiro, a paciente estava internada com coronavírus e intubada. Ela faleceu na ambulância a caminho do Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, também na zona Norte do Rio.
 
A direção do Hospital Federal de Bonsucesso informou que a brigada de incêndio da unidade removeu, em macas e cadeiras de rodas, cerca de 200 pacientes do prédio 1 para o prédio 2 até a chegada do Corpo de Bombeiros. Posteriormente, 46 pacientes foram transferidos para sete unidades de saúde diferentes, e outros, quatro pacientes foram levados para o Hospital de Campanha do Riocentro, na zona Oeste.
 
Uma funcionária do hospital contou que os profissionais da enfermagem iniciaram a evacuação do prédio. Em entrevista para as emissoras de televisão, disse que “todos saíram e foram acomodados lá atrás (prédio 2). A gente só ouviu falar e saiu correndo. Saímos a tempo com os pacientes. Eles estão em um prédio seguro. Eu estava de plantão e até estranhamos no início, mas saímos logo”.
 
A falta de manutenção no hospital sempre foi denunciada pelo Sindicato dos Auxiliares e Técnicos de Enfermagem do Rio de Janeiro. Apesar de ser considerado um dos mais importantes do estado do Rio de Janeiro, Hospital Federal de Bonsucesso – fundado em janeiro de 1948 – sempre conviveu com o descaso das autoridades públicas. Um relatório da Defensoria Pública da União (DPU) do ano passado alertava para problemas na estrutura de combate a incêndios na unidade.
 
Em maio último, a Justiça Federal determinou a troca da diretoria do hospital, por causa de sua omissão em resolver os problemas, como falta de profissionais e de testes de coronavírus para funcionários. Além disso, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem trabalham em condições precárias: faltam EPIs, medicações e o alojamento desses profissionais estão em péssimas condições.“Esta era uma tragédia anunciada. Há décadas o Hospital Geral de Bonsucesso vem sendo sucateado por péssimas administrações, que sempre denunciamos. A luta da Enfermagem na unidade passa pela questão da carga horária, das condições de trabalho, do duplo vínculo, entre outras”, frisa o Luciano Pinheiro, presidente do SATEMRJ.
 
Imagens: G1

 

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