#SATEMRJNALUTA – Diretora Lucimar Oliveira do Nascimento presente na Câmara Municipal. 
Na imagem em destaque a diretora do SATEMRJ, Lucimar Oliveira do Nascimento, durante a audiência. Fotos de Rafael Rodrigues/ SATEMRJ e Eduardo Barreto/ CMRJ. Desmonte da Saúde vai continuar em 2020, avisa Prefeitura A Câmara Municipal do Rio de Janeiro realizou nesta quarta-feira (23/10) audiência pública para debater a proposta orçamentária da Prefeitura para a área da Saúde. A secretária municipal da pasta, Ana Beatriz de Araújo, não compareceu. Mandou em seu lugar quatro subsecretários da SMS, que demonstraram, com números frios, que 2020 será mais um ano de desmanche da Saúde e sufoco para o trabalhador da área. A previsão é gastar com Saúde R$ 5,057 bilhões, apenas R$ 13 milhões a mais do que em 2019, muito menos do que os R$ 797 milhões reservados para pagar aos bancos os juros da dívida pública. Muito abaixo também das promessas do prefeito Marcelo Crivella, que em campanha dizia que aumentaria em R$ 250 milhões a cada ano o orçamento da Saúde. Com esse valor, a Prefeitura não vai chegar nem perto de resolver graves problemas de usuários e trabalhadores da Saúde carioca, como a falta de equipamentos, o fechamento de clínicas, o corte de equipes e os frequentes atrasos de salários. Desmonte – “O trabalhador da Saúde sofre ataques contínuos desde o início dessa gestão. O prefeito que prometeu cuidar das pessoas não cuida de ninguém. Queremos oferecer o melhor à população, mas não temos mínimas condições de trabalho e estamos nós mesmos adoecendo. O que temos são unidades precarizadas e sobrecarga de trabalho sobre quem já sofre com cortes de direitos e salários atrasados”, ressaltou a diretora do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem (SATEMRJ), Lucimar do Nascimento, que acompanhou a audiência. “Para os servidores estatutários, que aguardam um Plano de Carreiras, Cargos e Salários (PCCS), a Prefeitura acena com cortes. Para os 20 mil trabalhadores contratados por OS, acena com a possibilidade de contratação por PJ e perda de direitos básicos. Auxiliares e técnicos de enfermagem são a maior parte da força de trabalho da categoria, mas continuam desvalorizados, sem segurança e sob constante assédio em um cenário de caos. Só com muita luta teremos conquistas no ano que vem”, acrescentou a dirigente, que é técnica no Hospital Psiquiátrico Nise da Silveira e representa o SATEMRJ no Conselho Municipal de Saúde. Atrasados e greve – Será realizada nesta quinta-feira (24/10), às 14h, no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nova audiência do dissídio de greve dos auxiliares e técnicos de enfermagem. “Os profissionais que já receberam integralmente os atrasados já voltaram ao trabalho, mas a greve continua nas unidades em que as OS ainda devem salários ou benefícios. Os pagamentos só saíram porque nós técnicos, junto com os agentes comunitários de saúde, colocamos a Prefeitura e as empresas sob pressão. Por isso, quem estiver de folga tem ir à audiência, mesmo que já tenha recebido os atrasados, para mantermos a ofensiva e garantirmos que todos recebam”, convoca a presidente do SATEMRJ, Mírian Lopes.
