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Técnicos de enfermagem em greve no Instituto Nise da Silveira

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Com salários atrasados desde setembro, os técnicos de enfermagem terceirizados do Instituto Municipal Nise da Silveira decidiram em assembleia, nesta terça-feira (29/10), entrar em greve até que sejam pagos pela organização social (OS) CIEDS. A greve tem apoio do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem do Município do Rio de Janeiro (SATEMRJ), que foi representado na assembleia pela presidente Mírian Lopes e pela diretora Lucimar de Oliveira, que atua na unidade.
Conforme o entendimento acordado entre o Sindicato e o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) no dissídio de greve, por se tratar de serviço essencial, 30% dos técnicos do hospital psiquiátrico vão continuar trabalhando durante a escala de greve.
A presidente Mírian explicou aos profissionais que o CIEDS está entre os réus do dissídio de greve ajuizado pelo SATEMRJ no TRT. Informou ainda que, segundo lhe disse a secretária municipal de Saúde, Ana Beatriz Busch, ainda não há previsão para o repasse de recursos para o CIEDS, em função de pendências na documentação da OS.
Na base da pressão – “O trabalhador é sempre o maior penalizado quando algo dá errado. Se não colocarmos pressão, vão deixar isso correr frouxo e vocês vão continuar sem pagamento. Quase todos os técnicos terceirizados que fizeram greve receberam, com alívio, o pagamento dos atrasados nos últimos dias. Com o dinheiro na conta, suspenderam a greve e voltaram à escala normal. O Nise está entre as tristes exceções. Por isso, vocês estão certíssimos em entrar em greve e contam com todo o apoio do Sindicato”, ressaltou a presidente Mírian.
“Somos a maior categoria dentre os profissionais de saúde, mas a maioria trabalha com vínculos precários, em condições adversas, sob constante assédio e cobrança. Queremos oferecer o melhor à população, mas somos nós que estamos adoecendo, física e mentalmente. Só com muita união e luta vamos virar esse jogo para conseguir trabalhar com mais respeito. Salário em dia é o mínimo que eles têm que garantir”, pontuou a diretora Lucimar Oliveira.
Comissão de greve – Os trabalhadores também foram orientados que as chefias não podem exigir dobras de plantão, que o direito de greve é garantido em lei e que não haverá conquista se cedermos terreno. “Se você negocia favores com a sua chefia, ela vai acabar negociando seus direitos”, acrescentou a presidente Míriam. Apesar de ser estatutária, a diretora Lucimar foi escolhida para integrar com as colegas terceirizadas a comissão de greve encarregada de manter aberto o canal de diálogo com a Direção do Instituto.

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