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Atraso das OS mantém Técnicos em greve

 IMG-20191024-WA0014 IMG-20191024-WA0013 Foi realizada nessa quinta-feira (24/10), no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nova audiência do dissídio de greve dos técnicos de enfermagem contratados por organizações sociais (OS), profissionais que há três anos penam com frequentes atrasos de salários. A maioria das OS acertou nos últimos dias os salários dos trabalhadores, com exceção do Centro de Estudos e Pesquisas João Amorim (Cejam) e do Instituto de Psicologia Clínica Educacional e Profissional (IPCEP). Por isso, nas unidades municipal de saúde geridas por essas empresas, concentradas nas áreas de planejamento (APs) 5.1 e 5.2 (Zona Oeste), a greve continua. O Cejam alegou que não fez os pagamentos porque não recebeu os repasses da Prefeitura do Rio, o que, segundo o procurador do Município presente à audiência, ocorre por “problemas burocráticos” pelo fato da OS estar em período de renovação de contrato. De acordo com o procurador, os repasses só serão feitos na quarta-feira (30/10) da semana que vem. Já o IPCEP diz que recebeu da Prefeitura na última terça-feira (22/10) e que o dinheiro “já está sendo depositado” nas contas dos trabalhadores, fora do prazo legal de 24 horas que as OS têm para transferir aos funcionários o repasse. Segundo informes dos técnicos que trabalham para essas OS, nenhum valor havia sido depositado nas contas salário até o encerramento da audiência. “É imoral a situação que os trabalhadores dessas duas OS estão passando. Muitos estão pulando refeições e tendo que pedir dinheiro emprestado para passagem. As desculpas das OS e da Prefeitura são inaceitáveis. Não sabiam que haveria renovação de contrato? Não poderiam ter se programado? É muito desrespeito com o trabalhador!”, disparou, durante a audiência, a presidente do Sindicato dos Técnicos de Enfermagem (SATEMRJ), Mírian Lopes. Sem noção – O representante do Cejam disse que mesmo sem salários os trabalhadores deveriam voltar ao trabalho, porque já teriam recebido o vale-transporte. “Só pode ser deboche, muita falta de noção ou mau caratismo mesmo. O sujeito não consegue perceber que o trabalhador sem salário tem uma série de compromissos para honrar e o primeiro deles é com a alimentação da família. Nessa hora, não tem vale-transporte certo. Qualquer dinheiro que pingar vai ser usado para colocar comida na mesa”, reclamou a presidente Mírian. Ela acrescentou que todos os auxiliares e técnicos de enfermagem estão orientados a voltar ao trabalho imediatamente após receber o pagamento integral dos salários e benefícios atrasados. A próxima audiência, para para verificar se todos os pagamentos de fato ocorreram, será realizada pelo TRT no dia 6/11, às 14h30.

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